terça-feira, 30 de junho de 2009

Ônibus

No ônibus tem pessoas que vem e vão,

As que olham e ficam pensando, as que não olham e pensam,

E só as que olham e não escutam.

As que ouvem musica, e pensam

E afinal pensam em que?

Na vida pela janela suja do ônibus?

Ou na vida de quem passa pela janela, ou na vida de quem olha pela janela?

Ele pensa no que passou no que está por vir, nas coisas distantes, nas próximas, nas próximas que se distanciam, e nas distantes que se aproximam, entre esses pensamentos surgem musicas, sorrisos, nostalgias, embaraços e por final o pé batendo no chão fazendo barulho, as mãos fingindo ter baquetas nelas (será que não tem) e por fim a cabeça balançando para os lados no ritmo do som alucinante que sai pelos fones empurrado nas orelhas.

E quando a musica para, todos que olhavam pela janela olham atentamente a ele, que não dá muito bola e espera a próxima musica lhe envolver.




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Obs: não sei quantas vezes aconteceu, mas, aconteceu hoje de novo.


sábado, 27 de junho de 2009

Por Mais.

Por mais...que todos digam que sim,

...que as letras falem que não,

...que tudo conspire contra,

...que o chão fuja dos meus pés,

...que o teto caia sobre mim,

...e mais.

...e outras mazelas que ainda estão por vir.

Acredito que o sol, ainda nasce amanha.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

- Desprendimento Autonomo.

-Ela disse vamos?
-(E no meio da zoada da banda que tocava) ele disse pra onde?
-Apenas vamos.
-(ele com um sorriso meio que desconcertado, não disse nem que sim, nem que não, e foram)
Ela andava na frente meio que cambaleando por conta de alguns drink’s que passaram da conta.
Ele entretanto após algumas cervejas, que pra ele não tirava seu humor, olhava ela que olhava a frente, e dali ele percebeu, que o seu coração andava anestesiado procurando só musica.
-Moça estou voltando.
-(o desprendimento dela respondeu com os ombros apenas)
Ele voltou com alivio no peito de não fazer o que não gosta, acendeu um cigarro, e voltou fumando pela mesma rua que já lhe conhece tão bem.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Vejo comentários...

Vejo fotos...

Vejo frases...

...que a mim não se direcionam.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Em Casa.

Em casa a solidão, Rodeada pela companhia de varias incertezas
Que tornasse certeza, tão imediatas com uma simples palavra ou gesto,
Gesto “Percebido” deixado na clareza da palavra,
Hoje pergunto a ele.
Tu gostas de Café com Pão?
Não. . .Não. . . Prefiro Toddy Com Tapioca ;P

Por que foi esse o gesto percebido, a palavra escutada e ouvida também,
Mesmo que tenha ouvido pouco. Foi escutado o bastante, e foi ele que me tirou de casa.
A porta que tinha sido aberta a pouco. Menos de um mês, foi fechada.

A Porta, a de entrada e também a de saída. Mais é difícil achar ela na volta. Afinal o sertão da nossa solidão não é todo dia aberto, não é um canto legal pra se olhar a vida. Ele porém deixou, permitiu-se a sair da casa, mesmo com a porta aberta ele saiu, e encontrou distante o luzir de um farol, e foi até ele e apertou laço que já o prendia sem saber, não deu um nó, deu um laço fácil de desamarrar, não para ter distancia pra ir embora, e sim para o farol continuar iluminando a vida de outros.

E em casa ele pensa, e repensa por tudo que passou.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

História sobre pedras no caminho




Há um buraco que se abriu de repente. Uma ferida.
Dolorida. Mas calada.
E calada de origem, permaneceu por muito tempo. Mais tempo do que parecia o correto.
Quando (não) foi o momento, alguém cavou, cavou, e fez um buraco;
ou melhor: achou o buraco; que estava encoberto de medo.

Medo se espalhou pelo ar, habitou corações, fez mãos e pernas e corpo inteiro tremerem.
Tremerem de amor, com medo dele se esvair.
Tremerem pelo medo de não estar lá quem tanto se esperou, e chegou e rasgou páginas,
e escreveu o começo de uma história que não pode ter uma palavra de FIM como nos livros.
Pode até ter um final feliz, mas para a montagem do próximo capítulo.
Para a reconstrução da casa.
A moradia com que eles tanto sonharam e sonham.

Mas o jardim ainda está verde.
O catavento na entrada gira, os duendes sentados no jardim perto dos cogumelos, observam...
A reconstrução da mansão de sala e quarto, tão sonhada.



~
Autores: Paloma Albuquerque e Bruno Façanha.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Raízes no Ar.


Olhamos para traz e vemos o quanto estamos adiantados em muita coisa.

Tínhamos árvores verdes que roubavam os olhos,

Hoje temos áreas verdes,

Pintadas com as tintas de mais alta tecnologia,

Deve-se dizer.


Mas pecamos na transmissão do saber,

Em vez de evoluir, nos destruímos pouco

a pouco,

Não vemos nossas raízes e tentamos moldar o que não se muda,

E nessas mudanças as destruímos, pouco a pouco.


A revolta já se faz.

De um sopro de ar à uma onda de água.

Do tremer da terra ao calor do gelo.

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